Ana Paula Padrão





Filha de mineiros que se conheceram em Brasília. Fausto, o pai, é de Sete Lagoas, mas morou a vida toda em Belo Horizonte. Chegou à nova capital em 1959 para dirigir o departamento jurídico da Rádio Nacional. A mãe, aos 17 anos, era radialista em Araguari. Ouvindo as transmissões da Rádio Nacional, em 1960, resolveu que lá trabalharia. Embarcou para Brasília, conseguiu o emprego, conheceu Fausto. Casaram-se, ela parou de trabalhar. Ana Paula nasceu cinco anos mais tarde, no dia 25 de novembro de 1965. A diferença de idade entre ela e seus irmãos é grande:  Fausto chegou em 1970, e o caçula, Luiz, em 1975. 

Cresceu na 304 Sul, uma das poucas quadras construídas na cidade. O céu, o vasto céu de Brasília e a vermelhidão da terra, são para ela a síntese da capital. Uma cidade estranha, com aquele horizonte opressivamente presente. Para seus olhos de menina, Brasília era, e talvez continue sendo o encontro entre o azul anil e o vermelho poeira. O som da cidade antes da época da chuva era o das cigarras. Aprendeu a caçá-las com sua mãe. Pequeninas, passavam dois, três dias dentro de vidros e garrafas sob sua observação. Mas as ciências biológicas nunca foram seu forte. 

A cabeça de Ana já buscava o que estava fora do seu alcance. E a curiosidade sobre outros povos, outras culturas, nasceu também naquela época, despertada pelos ciganos, que acampavam com muita freqüência nos terrenos vazios do que seria Brasília. Sempre foi atribuído a eles o roubo de crianças, e as mães zelosas proibiam os filhos de brincar fora de casa. Mas Ana não sentia medo e hoje sabe que só não ia ao encontro deles por pura timidez. 

Foi menina acanhada e pequena, primeira da fila no colégio Maria Auxiliadora, só se soltava no balé. Dançou dos seis aos 19 anos. Primeiro porque pisava torto. Depois, como forma de expressão. Chegou a dar aulas e fazer teste para o grupo Corpo, de Belo Horizonte. Não seguiu carreira, mas ganhou personalidade com a dança. 

Prestou vestibular para jornalismo porque era a profissão que melhor parecia entrelaçar ciências humanas, idiomas, história. O ideal para quem buscava respostas, independência, e queria conhecer o mundo. E não havia modelo feminino a copiar. 

Já no segundo ano do curso de Comunicação da Universidade de Brasília, começou um estágio na Rádio Nacional. Mas queria o jornalismo impresso. Escreveu sobre economia para a revista Senhor, mais tarde Isto É-Senhor, e depois Isto É. O diretor, José Carlos Bardawill, sempre estimulou sua entrada na TV. Dizia que ela tinha o “perfil”. Por insistência dele, levou uma fita a uma rede de televisão que se instalava em Brasília, mas a diretora do canal, na época, a aconselhou a desistir para sempre do vídeo. Três meses depois, em abril de 1987, foi chamada pela TV Globo para fazer parte do time de repórteres locais. Foi quando aprendeu que as unanimidades não existem.

Fez carreira na TV Globo. Foi da equipe do Bom dia Brasil, dos jornais Hoje, Nacional, e atuou como comentarista de economia no auge dos planos que buscavam a estabilidade da moeda. Teria se especializado, se não fosse o convite para atuar como correspondente internacional, e realizar o seu sonho de menina: conhecer o mundo.

Ana Paula não pensava em voltar ao Brasil, nem mesmo para ancorar um jornal, quando veio o convite de Evandro Carlos de Andrade para trocar Nova Iorque pela bancada do Jornal da Globo, cargo que ocupou com orgulho de 2000 a 2005. 

Mas, quando assumiu a concepção do SBT Brasil, a convite do Sílvio Santos, ela queria, sim, ter outra vida.

Casada pela segunda vez, Ana não suportava mais trabalhar das duas da tarde às duas da madrugada todos os dias. Naquele momento, entendeu que poderia ser o que quisesse. Bastaria coragem para decidir privilegiar o amor, os amigos, a família. 

Um ano e meio depois, com o SBT Realidade, recuperou o que há de mais nobre na profissão: a reportagem. Com a Touareg Conteúdo, empresa que abriu para produzir o programa, Ana se propôs ainda um novo desafio: o mercado corporativo.

Agora, na TV Record, ela pode conciliar a apresentação do principal jornal da casa com a sua maior paixão: a reportagem.

O nome Ana Paula Padrão é sinônimo de profissionalismo, credibilidade e competência, qualidades reconhecidas não só pelo telespectador como por dezenas de prêmios que a jornalista tem colecionado em mais de vinte anos de carreira – dentre os quais se destacam:

Troféu Mulher Imprensa - 2007, 2006, 2005, 2004
Prêmio Marcas de Confiança, da Revista Seleções (Reader’s Digest) - 2009, 2007, 2006
Prêmio Mulher do Ano - 2005
Prêmio Inovação Empreendedora – 2005
Prêmio Internet - 2005
Prêmio Personalidade do Ano – Comunicação - 2005
Mulher mais Influente da revista Forbes - 2005
Prêmio Comunique-se - 2004
Troféu Imprensa – 2004, 2003
Destaque no Jornalismo do Domingão do Faustão - 2003
Prêmio Mulher - 1998
Nos dois anos em que Ana Paula esteve à frente do SBT Realidade, o programa também foi contemplado com 4 prêmios.


Prêmio Perícia Jornalística, concedido pela Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais. Exibido pelo SBT Realidade em 30/04/2007.

Ficha Técnica
Duração: 46':43"
Apresentação: Ana Paula Padrão
Direção e Produção Executiva: Keila Castro
Reportagem: Fábio Diamante/Yula Rocha
Edição: Keila Castro/Léo Freitas
Captação de Imagens: Ronaldo Dias/Daniel Vergara



"Portugal", 21/05/2007.- XVIII Concurso Europa de Jornalismo

200 anos depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, o SBT Realidade foi à Portugal em busca dos vínculos entre as duas culturas. Além da língua, encontrou no futebol, na música, na gastronomia, o alimento da grande conexão entre os dois paises. "Portugal" venceu o XVIII Concurso Europa de Jornalismo, considerado o melhor programa de TV sobre a Europa em 2007.

Ficha Técnica
Duração: 49:30
Direção, Roteiro, Reportagem e Apresentação: Ana Paula Padrão
Edição: Beatriz Alessi/Léo Freitas
Captação de Imagens: Daniel Vergara
Produção Executiva: Beatriz Alessi
Paulo Machado
Narração de trechos poéticos: Ramiro dos Santos Fernandes



"Poupança Comunitária", 11/06/2007.
IV Prêmio ABECIP de Jornalismo na categoria Mídia Eletrônica
Segurança Jurídica dos Contratos e Responsabilidade Social. 

O documentário acompanha o projeto "Poupança Comunitária", que ensina moradores de áreas carentes de Osasco e de São Paulo a organizar poupança coletiva para melhorar a infra-estrutura das comunidades e financiar a casa própria. "Poupança Comunitária" recebeu o IV Prêmio ABECIP de Jornalismo na categoria Mídia Eletrônica - Segurança Jurídica dos Contratos e Responsabilidade 
Social.

Ficha Técnica
Duração: 49:30
Reportagem, Roteiro e Apresentação: Ana Paula Padrão
Direção e Produção Executiva: Guta Nascimento
Edição: Guta Nascimento/Léo Freitas
Captação de Imagens: Ronaldo Dias/Daniel Vergara



"Escravos da Amazônia", 16/04/2007.
Menção Honrosa do XXIX Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog Anistia e Direitos Humanos.

O primeiro documentário produzido para o SBT Realidade foi ao ar em 16/04/2007.
Trabalho e dignidade não se conciliam entre o sul do Maranhão e o Pará. Trabalhadores deixam as famílias por falsas promessas de emprego e acabam escravos em fazendas e carvoarias ilegais. Essas são constatações do programa "Escravos da Amazônia", que recebeu a Menção Honrosa do XXIX Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog Anistia e Direitos Humanos.

Ficha Técnica
Duração: 46:05
Direção, Roteiro, Reportagem e Apresentação: Ana Paula Padrão
Captação de Imagens: Ronaldo Dias
Produção Executiva: Monica Gugliano
Edição: Beatriz Alessi/Léo Freitas






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